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Motoristas encaram o desafio de consiliar os estudos com a vida na boleia

Posted in RH do Estradeiro with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 15/01/2013 by Alexstruck

Estradeiros.

Para se manter na profissão é preciso uma busca constante por aperfeiçoamento, e para isso é preciso dedicação, força de vontade, garra e determinação, e isso temos de sobra; É uma luta diária tanto para se manter na profissão como a busca por uma nova área de atuação. veja esta matéria.

estudos

18 / Outubro / 2012

Transformar a boleia numa sala de estudos é possível. O caminhoneiro consegue, mesmo viajando sempre, arrumar um jeito de estudar e seguir se qualificando. A experiência de Roberto Emerson de Pinho, 39 anos, no curso de segurança do trabalho, oferecido por Educação à Distância (EAD) no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense (IFF), mostra que, com dedicação, estudar e tirar o sustento da vida de estradeiro exige apenas vontade.

Natural de Itaperuna, no Rio de Janeiro, e atuando como motorista desde 1991, foram as palestras sobre segurança na empresa que despertaram o interesse do caminhoneiro pelo assunto, tema de debates recorrentes na profissão. Vislumbrando uma possibilidade de crescer na empresa em que trabalhava, ou mesmo em outras do setor, Pinho aventurou-se no curso. “Nas empresas ouvimos falar muito sobre segurança, há muitas palestras e cursos sobre o assunto, e vemos que estamos cercados por colegas sem qualificação. Percebi a necessidade das empresas e me motivei para passar de simples motorista para algo mais”, conta.

Dividir a estrada com os livros, contudo, não foi tarefa fácil na vida de Pinho. Trabalhando com transporte rodoviário interestadual, o contato com os perigos das estradas eram diários, como se estivesse visualizando na prática alguns dos aprendizados do curso. “Chegava a estudar nos postos de gasolina, mas o grande problema para nós motoristas é a frequência. A oportunidade de fazer à distancia facilita muito, mas muitas vezes os dias de provas e aulas presenciais não coincidem com os dias em que você está na cidade”, explica.

Pinho precisou trancar a matrícula. Um acidente o deixou com algumas sequelas, e ele está longe da direção e dos estudos até se recuperar. Uma greve na universidade também contribuiu, segundo ele. “Com certeza quero voltar, tranquei para não desperdiçar a oportunidade. Minha ideia é deixar a profissão de motorista para trás, para continuar em outro segmento, ou mesmo na área de transporte, mas em algo mais técnico”, afirma.

Preparação para o vestibular entre as viagens

Outro exemplo de batalha pela qualificação vem de Balneário Camboriú, em Santa Catarina. O motorista Fábio Júnior Bueno, 29 anos, se prepara para prestar vestibular. “Eu não tinha terminado os estudos, agora fiz o terceirão e estou me preparando para o vestibular”, revela. A intenção é conseguir alguma bolsa do governo ou um apoio na empresa onde trabalha.

Bueno ainda não decidiu a área que irá cursar, tem interesse em engenharia civil e arquitetura, mas ainda não tomou uma decisão, quer mesmo é se tornar um exemplo para a filha e outros motoristas. “Perdi muito tempo na vida quando era novo, larguei os estudos para trabalhar e ser independente, achei que o dinheiro era mais importante naquele momento. Hoje vejo o quanto eu perdi, espero evoluir para ter meu próprio negócio no futuro”, sonha.

Todos os créditos desta publicação para: (http://www.randon.com.br/pt/blog/tag/Caminhoneiro)

Frases de para-choque de caminhão: É de vagar que se vai longe.

Recomendação da leitura por: Alexstruck

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$$$ Caminhoneiro é Rico. $$$$ Você sabia?.

Posted in Curiosidades with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 09/06/2012 by Alexstruck

Caminhoneiro é rico?

A interpretação fica a critério de como classificar quais são os verdadeiros valores da vida. Para uns, sair de casa e viajar sem parar é a pura riqueza do ser humano, que sai sem destino e conhece o mundo. Para outros, nada como ficar em casa fazendo jus ao antigo ditado “Bendita rotina”.

Mas, desde que nos conhecemos por gente, na estrada, ao passarmos por um caminhão, ou o caminhão por nós, viajasse junto com a imagem de uma carreta de imensas rodas indo para não se sabe onde.

São os caminhoneiros que sabem de tudo das estradas deste Brasil, que conhecem os melhores atalhos, os principais postos de combustível, as perigosas curvas das inúmeras “Estradas da Morte”, que cada estado tem a sua, enfim, conhecem os segredos de onde ir e como voltar. Todos são amigos, do rápido sinal de farol, ao se cruzarem na estrada, como a parada imprescindível para ajudar o amigo, que irá conhecer em instantes, em dificuldades no acostamento.

Ora, como vamos esquecer dos desafios dos FNMs cara chatas, das Scanias 111 bicudinhas, das modernas caixas de câmbio com marchas sincronizadas , uma revolução ao câmbio seco de um memorável 1516. Da chegada dos Volvos, das decisões sobre um Papa Léguas da Goodyear ou os tradicionais Pirelli que, afinal rodam há tanto tempo, quem vai dobrar a lona, e os amarrilhos, quantos dedos machucados e prendidos, e os toca-fitas “auto reverse” que tornaram as viagens tão mais agradáveis, e as pontes que substituíram as balsas que faziam filas de 2 dias de espera para se atravessar para o Mato Grosso, e a Belém-Brasília que parece que não avisaram o engenheiro que podia fazer uma dúzia de curvas em seus 3 mil quilômetros? “Jesus, essa reta não acaba mais”. Mas, Deus escreve reto por linhas tortas, afinal, o volante não era hidráulico mesmo, virar para que?

Hoje, com a tecnologia mais avançada, os caminhões são verdadeiras salas de estar, ar-condicionados, vira-se o volante com o joelho, som de altíssima fidelidade, dispositivos digitais que oferecem segurança, GPS que lhe dá a exata posição e o cálculo de quando se vai chegar, pneus radiais, anti-furos, som digital, tela de plasma e DVD para um bom filme ajudar a passar a noite.

É parece que quanto mais o mundo muda, mais os caminhoneiros enriquecem sim. Em  conhecimento, tecnologia, desenvolvimento, e um pouco mais de conforto, mas no fundo do coração de todos os desbravadores, homens que seguem transportando o progresso do nosso país para os quatro cantos do Brasil, levam além da carga, seja ela de que tipo for, e com que peso estiver, a dedicação por estarem cada vez mais longe.

Quanto mais distante for o desafio, quanto mais perigo terá de enfrentar, mais vontade de vencer tem o caminhoneiro, que agora, afirmamos com certeza: É rico. Rico em paixão e esperança de que o amanhã é um dia a menos para poder voltar são e salvo aos braços da família.

Rico somos todos.

Por: Gilberto Musto ( Jornalista, Radialista e diretor do sistema MEGA de comunicação, publicação da RECISTA TRUCK Setembro de 2011

Ponto de vista do blog:  

Toda vez que chego de viagem, e sento diante de meu computador para escrever, sei que estou escrevendo algo importantíssimo, direcionado a pessoas de imenso valor, entender a personalidade e vida de um estradeiro, só sendo estradeiro pra saber, é uma pena que neste mundo exista inúmeras profissões de diferentes níveis de conhecimento, mais nenhuma se comparada nossa, sabe por que?

 Quando seu relógio bate as 18:00 de uma sexta-feira por exemplo, você levanta de sua mesa, pega sua coisas atravessa o escritório lotado de gente trabalhando, passa ao lado de seu amigo atarefado e atrasado para a faculdade chega na saída bate o cartão e vai embora, sem perguntar se alguém precisa de ajuda não é.

Pois bem, motorista esta a uma semana na estrada, sexta-feira anoite ele esta retornando ao lar, passa e vê um companheiro quebrado no acostamento, sabe o que ele faz?

Para, desce a caixa de ferramenta e dá auxilio ao seu companheiro até que ele retorne a viagem, pode durar uma noite ou três dias, ninguém sai dali enquanto não sanar o problema, sabe por que fazemos isso; Quem esta viajando, sabe que quem esta quebrado ( atarefado) também tem uma família esperando por ele, aguardando ociosas a chegada dele, daí te pergunto; Você tem família?, pois é, seu companheiro de escritório e nós motoristas e estradeiros também temos, e esta família é o nosso maior patrimônio.

Agradeço a sua leitura e aguardamos sua participação.

Alexsander