Estradeiros.
Mais uma boa noticia recheou as páginas e as telas dos meios de comunicação, soaram como um furo de reportagem, claro, não é para nós caminhoneiros; O anuncio foi a publicação de uma resolução da Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo, site, http://www.artesp.sp.gov.br/), que autoriza os ônibus a trafegarem pela faixa da esquerda entre os horários das 18:00 as 20:00 entre os 15 quilômetros de serra que compreende os Km 40 e 55, da rodovia Anchieta, administrada pela concessionária ECOVIAS dos imigrantes (site http://www.ecovias.com.br).
Não foi bem essa a intenção da associação e sindicatos dos 250 fretados que transportam cerca de 10.000 passageiros que saem da baixada santista rumo ao planalto em São Paulo; Eles queriam a liberação da descida pela rodovia dos imigrantes, pista descendente (pista sul) do complexo Anchieta e imigrante; Pista esta cobiçada não só pelos fretados que terão de se contentar com a liberação de tráfego pela faixa da esquerda na antiga, histórica e sucateada rodovia Anchieta.
Dentro deste horário das 18h00min as 20h00min horas, todos os caminhões terão de obrigatoriamente se manter na direita, serão colocadas sinalizações em toda a extensão da rodovia informando novas regras.
Sobre nosso ponto de vista a esta decisão, esta regulamentação soa como um ditado que no âmbito criminal, diz; “Um cidadão tem que sofrer as consequências para que tantos outros mil sejam beneficiados”, Isso seria normal se poucos saíssem prejudicados para que a maioria seja beneficiada, mas neste caso não, é ao contrário, esta decisão esdruxula que prevê beneficiar 10 mil passageiros dentro do horário de pico de descida da serra do mar, beneficia uma minoria se comparada ao número de caminhões, cerca de 15000 motoristas, caminhoneiros que descem diariamente a serra para carregar/descarregar, no porto de santos e Guarujá, sem contar com mais uns 8.000 funcionários de empresas ligadas ao trabalho que depende da chegada destes caminhões nos pátios das empresas, chegada esta que será retardada com esta medida.
Será impossível respeitar tal decisão, pois, para respeitar, teremos ainda mais dificuldades em atravessar são Paulo, poderíamos viajar um pouco mais cedo, mas não podemos pelo fato do horário de rodizio não permitir, da a impressão que querem caminhões circulando somente a noite, que também é impossível, pois ha empresas como grandes redes de mercados atacadistas etc. e a maioria dos terminais não funcionam a noite.
Esta decisão não agrada tanto os motoristas dos fretados como os de caminhões, em contrapartida os motoristas de veículos mais leves como carro e moto, que se utiliza de seus veículos particulares para irem trabalhar no planalto, estes motoristas terão de se contentar em continuar a descer a serra olhando para a traseira de um ônibus, e de um caminhão como de costume, ou você acha que isso irá mudar o comportamento dos motoristas de caminhão.
Quem já viu um Ônibus descendo a rodovia Anchieta pela direita atrás de um caminhão graneleiro, ou um bitrem a 20 km/hs, em toda a sua extensão do trecho de serra, todos os veículos de grande porte; Ônibus e caminhão, pelo menos até hoje, deveriam obrigatoriamente trafegar pela direita, com uma rara exceção podem ultrapassar, mas ao fazer isso são multados, e não ah argumento para recurso pelo ato cometido pelo infrator, que normalmente recebe a multa muitas vezes por ser um autônomo, pois os fretados e caminhões particulares em geral não dão caronas aos policiais que saem de serviço, e estes são os alvos dessa militância que se organiza em alguns trechos para aplicarem tais multas; a regra particular deles é assim: Não dão carona, não ultrapassa; As empresas que dão carona; Empresas estas que fazem linha regular entre Santos e São Paulo e que tentam monopolizar o setor, não gostam dos pequenos empresários proprietários de fretados, e que graças a estes empresários esta monopolização não acontece, e contrapartida sofrem com esta perseguição; Podem reparar, quando você vê um policial na escadaria de um ônibus, este é de uma empresa que faz linha regular, e ele vai ali em pé, como forma de aviso, para que outros policiais não os multem, pois este ônibus de posse deste policial na escadaria, que não deixa de ser uma infração de trânsito, desce continuamente pela faixa da esquerda desde o começo do trecho serra até o fim dela, não se importando com quem vem atrás, ah, e anotando as placas de quem esta atrapalhando na frente.
Se fosse possível eu faria uma manifestação, e o assunto de pauta seria o fim dos caminhões, é verdade, vamos acabar com estes veículos, deixar de fabricar estas imundices; Parece não servir pra nada, na visão de pessoas que estão fora do ramo claro!, Mas, a realidade é outra, são estes veículos que movem o país, pagam impostos só em dar na partida, movimentam as praças de pedágios, e a economia em geral, com montadoras e fabricantes de autopeças, alimentos etc. mesmo sendo tão importante ninguém se importa com estes veículos, não dão uma devida atenção, não tem preferencia e vez pra nada.
Sofremos consequência por causa de problemas que os responsáveis não têm solução ou capacidade em arrumar uma, em geral, é mais fácil fazer com que alguém pague a conta por eles. Se o governo precisa aumentar a arrecadação, aumenta os custos com o transporte, como se este fosse o único ramo que gira riquezas neste pais, se a poluição na cidade aumentou, tira o caminhão de circulação, tem manifestação, queimam ônibus e derrubam carga de caminhão, e dai por diante.
Seria interessante acabar com este tipo de veículo, caso isso fosse possível um beneficio já viria logo de imediato, O FIM DE RODIZIO. Dizem que são os caminhões que poluem o ar.
Sem caminhão o mundo seria melhor, cada um iria buscar suas compras e não teria mais aquele cheiro de diesel no ar; Quem quiser comer filé de frango congelado, vai ao interior e compra direto na sadia ou perdigão, quer comer abacaxi, vai a Goiás e compra direto do produtor, quer comer Danone, vai a poços de calda e compra direto na fabrica da DANONE, e dai por diante.
Pois bem, como os trabalhadores honestos, não participam destes tipos de influencias corporativa de interesse e beneficio unicamente pessoais, estes empresários do ramo de fretados, entraram com esta ação no ministério publico, como meio legal de ver o bem estar de seus clientes e da população em geral, ação esta que pede a liberação de trafegar na rodovia que é a menina dos olhos da Ecovias, e que tem sua segurança testada e aprovada por especialistas na área, e que assinam um documento que faz menção a qualidade desta rodovia, que ela é apta a aceitar tráfego pesado, claro, que com uma condição, como sempre tem, que seja ditada alguma regras para o trafego pesado e seus condutores; Mais até ai tudo bem.
Lembro-me de quando trabalhei na empresa em 1997 a 1999 os pedágios dobraram de preço para custear a construção da nova Imigrantes, e quem pagou o pato? Foram os proprietários de veículos comerciais, são eles que pagam tarifa em dobro; Só para você ter ideia, no site: www.terra.com.br/istoedinheiro. Ele menciona; “Os reajustes no valor dos pedágios têm ajudado um bocado. De julho de 1998 até hoje, as tarifas subiram 286%, conforme rezam os contratos de concessão. No mesmo período, a inflação oficial do País, medida pelo IPCA, cresceu 94%”, é um absurdo, pagar a conta e manutenção de uma obra e não poder usufruir, é a mesma indignação que temos quando a imprensa divulga que tal político usou o dinheiro publico para bancar passeios e viagens particulares.
Acreditamos que a pista sul da rodovia dos imigrantes tenha sido uma construção dispendiosa e que sua manutenção seja cara de mais, mas, a soluções que poderiam ser agregadas a ela, como por exemplo: Ter uma praça de pedágio para cada rodovia, estipular uma tarifa diferenciada para cada trecho de cada rodovia.
Como o contrato de concessão da empresa esta acabando, acreditamos que ela não queira entregar a rodovia sucateada, como esta a rodovia Anchieta, e receber um processo por tal desleixo com a rodovia; Dinheiro não falta para a empresa detentora da concessão, pois os pedágios dão tanto lucro que desde quando começou suas atividades em 1988, a empresa (Ecovias dos imigrantes), já adquiriu a concessão de portos e terminais logístico e transportadoras resultando na fusão de empresas como os TREMINAIS DE CARGAS TERMARES, TECONDI, TERMLOG, E COLUMBIA, este ultimo já aderiu ao nome ELOG, (empresa do grupo Ecovias, aliás você sabia que a Ecovias montou a ECORODOVIAS, com praça de pedágio também no sul e no vale do paraíba, com a concessão da rodovia Ayrton sena; Um gigantesco patrimônio construído com dinheiro vindo da arrecadação com pedágios, dinheiro este que não foram gastos com modernização ou melhorias.
Com tanta influência comercial e se tornando uma potencia na área de operação portuária não seria difícil acreditar que ah um parceria firmada entre a ARTESP e demais órgãos para que não seja feita nenhuma liberação de tráfego pesado na nova rodovia dos imigrantes (trecho sul), pois pensamos assim, depois de ler um estudo publicado, com patrocínio da empresa Ecovias pedida a escola de engenharia de são Carlos, da universidade de são Paulo num programa de Pós-doutoramento no departamento de engenharia de materiais, aeronáutica e automobilística (SMM), que coordenada pelos Prof. Dr.Antonio Carlos Canale e Dr.Juan carlos Horta Gutiérrez, que deram sua conclusão em um estudo publicado no site.: http://www.sinaldetransito.com.br/artigos/frenagem-na-descida-da-rodovia-dos-imigrantes.pdf, e mencionado no jornal a tribuna de 23 de setembro de 2012, http://www.atribuna.com.br/noticias.asp?idnoticia=166507&idDepartamento=5&idCategoria=0 , que diz.:
Juntamente com fabricantes de veículo, de autopeças, fabricantes de implementos rodoviários, empresas transportadoras de cargas, entidades, como SEST/SENAT, participaram de um teste em 2005, onde demonstraram que a rodovia segue padrões internacionais de construção, tudo bem que no teste eles se utilizaram de veículos novos com tecnologia atual, mais que apresentaram certo desgaste demasiado devido a descida longa do complexo, más não deixa de ser segura, porém a ARTESP, insiste em manter a decisão de proibir o tráfego, põem a culpa na idade média da frota de veículos nacionais, e diz que nós motoristas, não temos competência e nem condições de seguir normas de conduta no volante para tal ato de descer a serra pela nova rodovia, que exigimos demais de nossos veículos e não temos treinamento para tal ato, um absurdo, se comparado a descida da rodovia Anchieta onde temos de se contorcer em curvas esburacadas e estreitas, rodovia que só tem uma saída de escape para uma eventualidade de perda de freio, mal conservada e mal planejada, somos heróis e excelentes profissionais, por descermos por esta rodovia; alias esta proibição deixa dúvidas e uma pulga atrás da orelha, cujo estudo mostra tanto detalhes e aprovação quanto a sua estrutura, construída com padrões internacionais de segurança. Mas a entidade ainda se mantem irredutível quanto a proibição; Porque será?.
Será que o problema é a atual frota do país, será que a culpa é realmente dos profissionais que não são considerados profissionais.?
Se for, por que só é direcionada aos veículos comerciais, nem pequenos veículos com peso bruto total de 4 tons, escapou dessa proibição, montadoras tem que se desdobrar para fabricarem veículos cujo segmento foge da tabela de segmentos de veículos proibido; Se um mesmo veículo tiver em seu documento original mencionado, VAM de carga, não desce pela nova pista, mas; Se pegar este mesmo veículo e descrever em seu documento, CAMIONETA, ele pode descer a nova rodovia.
Vendo por este lado, me pergunto: Onde está o erro e problema para proibição?
Nem ônibus nem caminhão, os proibidos pagam a conta, por isso que a minoria paga para que a maioria se beneficie, não é certo, mas o que podemos fazer.
Enquanto não aparecer alguém, como o empresário dos ônibus fretados para defender a maioria não diz só os caminhoneiros, mas em todo os segmentos de veículos, nós ficaremos a mercê de influenciadores maldosos que brincam de Deus, e decidem o futuro de quem movimenta este país, para nossos amigos de profissão os motoristas e empresários de transporte de passageiro só lhes restam uma coisa; Uma batalha incansável na sala dos tribunais, e esperamos que vocês não desistam da sua intenção, pois caso tenham sucesso outros pedidos saíram do papel e da cabeça deste povo, para entulhar pedidos na justiça, para que um dia alguém de uma sentença favorável para o povo, não para os veículos.
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Alexsander (Alexstruck)
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